Sunday, July 31, 2011
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País com o melhor IDH (índice de desenvolvimento humano) do mundo, e dono de bons indicadores sociais, sem problemas como fome e desemprego, a Noruega era, para muitos, o último lugar onde poderia se imaginar um ataque como o ocorrido no dia 22 de julho. Mas para analistas, o ato que até então é interpretado como isolado, pode ser resultado de um movimento que está em pleno crescimento na Europa, o da ultradireita.
Enquanto isso, a defesa de Anders Behring Breivik, autor confesso dos atentados que mataram 77 pessoas na Noruega, tenta emplacar a teoria de que o acusado sofre de problemas mentais, o que devido à meticulosidade dos ataques, será um discurso possível na teoria, mas difícil de provar na prática.
“O ato, aparentemente, foi insano, mas consciente se considerarmos que ele preparou um documento de 1.500 páginas com citações históricas e acadêmicas. O fato é que no caso de atrocidades como essa, a defesa tende sempre a tornar o algoz um desqualificado mentalmente”, diz Eduardo Oyakawa professor de Sociologia da Religião, Lógica e Filosofia da ESPM.
Apesar dos bons indicadores e do aparente ambiente perfeito, Oyakawa ressalta que quando “o humano está envolvido, logo há imperfeição”. “Mas ainda assim [o caso] é uma exceção. (...) Não é hábito dessa cultura enfrentar um desastre moral desse tamanho”, completa.
O professor coordenador do Instituto de Relações Internacionais da UnB, Alcides Costa Vaz, acredita que, apesar de ser um caso isolado, ataques como esse "podem voltar a se repetir" na Europa. "Foi um gesto político de reação e consciente. Uma resposta de defesa", do que para ele, o atirador, representaria uma "diluição da identidade", diz Vaz.
Para Oyakawa, a atitude explosiva de Breivik é resultado de um movimento crescente na Europa, o dos partidos de ultradireita, o que justifica o aumento da xenobofia e da islamofobia no continente. Sabe-se que Breivik foi membro do Partido Progressista norueguês, que segue uma linha populista de direita, e chegou a ocupar posições de liderança na ala jovem da agremiação.
“Esses movimentos reforçam a ideia de que o outro é uma ameaça. Hoje, por exemplo, é um problema ser muçulmano na França. Já na Espanha, o preconceito contra imigrantes é alto já que eles são vistos como competidores num mercado de trabalho que já não comporta nem os próprios espanhóis”, diz Oyakawa.
Para Vaz, a existência de grupos intolerantes a diferentes culturas e pessoas de outras nacionalidades e etnias na Europa, não é novidade, mas, segundo ele, o que chama atenção é que isso sempre foi mais observado em países como Espanha, França, Itália, do que nos países nórdicos.
Na Alemanha, por exemplo, a tragédia norueguesa trouxe de volta, ainda, o debate sobre a proibição do partido NPD, de tendência neonazista. Os muçulmanos são considerados os principais inimigos pelo movimento de extrema direita da Europa. Por meio da internet, extremistas de países, como Bélgica e a Áustria, criaram uma rede com grupos alemães como o Pro-Köln e o Pro-NRW.
O professor da UnB também destaca a resposta "positiva" do primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg. "A resposta do país foi a reafirmação dos valores que serão mantidos, da tolerância e da abertura".
Para Oyakawa, há diferenças entre os chamados radicais da ala da esquerda e os da direita. Segundo o professor, para os da esquerda a ideia de “liberdade é muito forte, então o alvo será sempre os donos do poder”. No caso dos direitistas, o conceito de liberdade é diferente.
“Você deve respeitar a hierarquia, por isso eles seguem à risca a burocracia. Para eles, a palavra de ordem é segurança. É como ele [Breivik] disse no documento: ‘muçulmanos e marxistas estão ameaçando a pureza da raça’. Para essas pessoas, isso é visto como uma ameaça à segurança nacional”, diz o professor.
Nas eleições de 2009, a presença dos radicais de extrema direita cresceu no Parlamento Europeu. No total, eles têm 39 assentos, mas não estão organizados numa bancada por falta de acordo.
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Saturday, July 30, 2011
DRAUZIO VARELLA
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Wednesday, July 27, 2011
Hannah Arendt - Responsabilidade e Julgamento
Celso Lafer - Hannah Arendt: Pensamento, Persuasão e Poder
James Joyce - Retrato do Artista Quando Jovem
Maurice Merleau-Ponty - Fenomenologia da Percepção / O Visível e o Invisível
Lorenzo Mammì - Espaços da Arte Brasileira / Volpi
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Monday, July 25, 2011
Sunday, July 24, 2011
A polícia da Noruega divulgou neste sábado que o homem acusado de matar 92 pessoas na véspera se entregou logo após o massacre, sem oferecer qualquer tipo de resistência.
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Saturday, July 23, 2011
Friday, July 22, 2011
Thursday, July 21, 2011
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Wednesday, July 20, 2011
[...] "De tudo o que eu disse até o momento, seria possível inferir que o juízo estético não é voluntário. Na verdade, isso não precisa ser dito. Toda intuição, seja comum ou estética, é involuntária quanto ao seu conteúdo ou resultado. O juízo estético de cada um, por ser uma intuição e nada mais, é acolhido, e não oferecido. Não se escolhe gostar ou deixar de gostar de determinada obra de arte mais do que se escolhe ver o sol como luminoso ou a noite como escura. [...] Por outras palavras: a valoração estética é reflexiva, automática, e jamais se chega a ela por arbítrio, deliberação ou raciocínio". (Clement Greenberg)
Clement Greenberg - A Intuição e a Experiência Estética / Convenção e Inovação
Clement Greenberg - Estética Doméstica
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Tuesday, July 19, 2011
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Sunday, July 17, 2011
É uma cadeira bem feita, trágica ou cômica? É o retrato de Mona Lisa bom, se o desejo ver? O busto de Sir Philip Crampton é lírico, épico ou dramático? Se não é, por que não o é? Se um homem, trabalhando com fúria, um bloco de madeira faz aí a imagem duma vaca, é essa imagem uma obra de arte? Se não, por que não?
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