Saturday, August 06, 2011
Wednesday, July 27, 2011
Hannah Arendt - Responsabilidade e Julgamento
Celso Lafer - Hannah Arendt: Pensamento, Persuasão e Poder
James Joyce - Retrato do Artista Quando Jovem
Maurice Merleau-Ponty - Fenomenologia da Percepção / O Visível e o Invisível
Lorenzo Mammì - Espaços da Arte Brasileira / Volpi
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Sunday, July 24, 2011
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Saturday, July 09, 2011
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Thursday, July 07, 2011
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Monday, July 04, 2011
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Saturday, July 02, 2011
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Saturday, June 25, 2011
[...] Pensar e lembrar, dissemos, é o modo humano de deitar raízes, de cada um tomar seu lugar no mundo a que todos chegamos como estranhos. O que em geral chamamos de uma pessoa ou uma personalidade, distinta de um mero ser humano ou de um ninguém, nasce realmente desse processo que deita raízes. Nesse sentido, afirmei que é quase uma redundância falar de uma personalidade moral; sem dúvida, uma pessoa ainda pode ser de boa ou má índole, as suas inclinações podem ser generosas ou mesquinhas, ela pode ser agressiva ou dócil, franca ou dissimulada; pode ser dada a todos os tipos de vícios, assim como pode nascer inteligente ou estúpida, bela ou feia, amável ou um tanto rude. Tudo isso tem pouco a ver com as questões que nos preocupam nesse momento. Caso se trate de um ser pensante, arraigado em seus pensamentos e lembranças e, assim, conhecedor de que tem de viver consigo mesmo, haverá limites para o que se pode permitir fazer, e esses limites não lhe serão impostos de fora, mas auto-estabelecidos. Esses limites podem mudar de maneira considerável e desconfortavelmente de pessoa para pessoa, de país para país, de século para século: mas o mal ilimitado e extremo só é possível quando essas raízes cultivadas a partir do eu, que automaticamente limitam as possibilidades, estão inteiramente ausentes. Elas estão ausentes quando os homens apenas deslizam sobre a superfície dos acontecimentos, quando se deixam levar adiante sem jamais penetrarem em qualquer profundidade de que possam ser capazes. Certamente, essa profundidade também muda de pessoa para pessoa, de século para século, tanto na sua qualidade específica quanto nas suas dimensões. Sócrates acreditava que ensinando as pessoas como pensar, como falar consigo mesmas, uma ação distinta da arte oratória de como persuadir e da ambição do sábio de ensinar o que pensar e como aprender, ele melhoraria seus concidadãos; mas se aceitamos esse pressuposto e perguntamos a Sócrates quais seriam as sanções para aquele famoso crime oculto dos olhos dos deuses e dos homens, a sua resposta só poderia ter sido: a perda dessa capacidade, a perda de estar só, e, como tentei ilustrar, com ela a perda da criatividade - em outras palavras, a perda do eu que constitui a pessoa.
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Por fim, permitam-me lembrar-lhes um dos fenômenos mais assustadores em nossas experiências morais mais recentes. Suponho que todos os senhores já ouviram falar ao menos daqueles assassinos do Terceiro Reich que não só levavam uma impecável vida familiar, como gostavam de passar o seu tempo de lazer lendo Hölderlin e escutando Bach, provando (como se houvesse falta de provas a esse respeito) que os intelectuais podem ser tão facilmente induzidos ao crime quanto qualquer outra pessoa. Mas a sensibilidade e um gosto pelas assim chamadas coisas elevadas da vida não são capacidades do espírito? Sem dúvida, mas a capacidade de apreciação não tem nada a ver com o pensamento, que, devemos lembrar, é uma atividade, e não o desfrute passivo de algo. Na medida em que o pensamento é uma atividade, ele pode ser traduzido em produtos, em coisas como poemas, música ou pinturas. Todas as coisas desse tipo são realmente coisas do pensamento, assim como a mobília e os objetos de nosso uso diário são corretamente chamados objetos de uso: uns são inspirados pelo pensamento e os outros são inspirados pelo uso, por alguma necessidade e carência humana. O ponto importante sobre esses assassinos altamente cultos é que nem um único deles compôs um poema digno de ser lembrado, uma música digna de ser escutada, ou pintou um quadro que alguém gostaria de dependurar nas suas paredes. Sem dúvida, é necessário mais do que o pleno exercício da capacidade de pensar (thoughtfulness) para compor um bom poema, uma música ou pintar um quadro - é necessário um talento especial. Mas nenhum talento suportará a perda de integridade que experimentamos quando perdemos essa capacidade muito comum de pensar e lembrar.
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A primeira coisa que nos chama a atenção nos diálogos socráticos de Platão é que são todos aporéticos. A argumentação ou não leva a lugar nenhum ou anda em círculos.
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Sunday, June 05, 2011
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Saturday, April 16, 2011
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Sunday, January 02, 2011
Postado originalmente em 31 de julho de 2006
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V. S. Naipaul - Uma Casa Para o Sr. Biswas
J. D. Salinger - Nove Histórias
Manoel de Barros - Ensaios Fotográficos
Miguel Torga - Rua / Pedras Lavradas
Zuenir Ventura - Inveja, o Mal Secreto
Joseph Conrad - O Coração das Trevas
Antônio Maria - Com Vocês, Antônio Maria
Chico Buarque - Budapeste
Donald Meltzer & Meg Harris Williams - A Apreensão do Belo
Benedetto Croce - Breviário de Estética / Aesthetica in Nuce
Contardo Calligaris - Folha Explica: A Adolescência
Bernard Charlot - Relação com o Saber, Formação dos Professores e Globalização
Phillipe Perrenoud - A Prática Reflexiva no Ofício de Professor
Rosa Maria Torres - Que (e Como) É Necessário Aprender?
Yves de La Taille - Limites: Três Dimensões Educacionais
André Comte-Sponville - Bom Dia, Angústia / Pequeno Tratado das Grandes Virtudes / A Felicidade, Desesperadamente
Lino de Macedo - Ensaios Pedagógicos
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Friday, December 31, 2010
José Castello - João Cabral de Melo Neto: O Homem Sem Alma
Zuenir Ventura - Cidade Partida
Laure Adler - Nos Passos de Hannah Arendt
Norberto Bobbio - A Era dos Direitos
Sigmund Freud - O Mal-Estar na Cultura
Gustave Flaubert - Madame Bovary
Marcelo Leite - Folha Explica Darwin
Hunter S. Thompson - Medo e Delírio em Las Vegas
Guilherme Fiuza - Bussunda: a vida do casseta
João Cabral de Melo Neto - Morte e Vida Severina
Leonardo Cortez - Trilogia Canalha
Cormac McCarthy - A Estrada
Cormac McCarthy - Onde os Velhos Não Têm Vez / Meridiano de Sangue ou O Rubor Crepuscular no Oeste / Todos os Belos Cavalos / A Travessia / Cidades da Planície
Hugh Laurie - O Vendedor de Armas
Hervé Bourhis - O Pequeno Livro do Rock
Gay Talese - Fama e Anonimato
John Hersey - Hiroshima
Jon Krakauer - Na Natureza Selvagem / No Ar Rarefeito
Ryszard Kapuscinski - O Imperador
Helen Fielding - O Diário de Bridget Jones
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Monday, December 20, 2010
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Sunday, December 12, 2010
John Hersey - Hiroshima
Jon Krakauer - Na Natureza Selvagem / No Ar Rarefeito
Ryszard Kapuscinski - O Imperador
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Tuesday, November 02, 2010
De setembro a outubro:
Leituras atentas, ainda que indisciplinadas, por indicação de fontes confiabilíssimas.
10 quilos de sobre-peso e dores leves, mas persistentes, nos dois joelhos e no calcanhar esquerdo.
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Thursday, July 29, 2010
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