01 de dezembro de 2015
ALÔ, ZANFAN!
Há meses venho guardando essa imagem de Maria Antonieta algemada, vestindo camisolão e touca à espera da guilhotina. O desenho da rainha destronada ficou por aqui pra ver quem representaria, Dilma Rousseff ou Eduardo Cunha, pois um dos dois, em algum inevitável momento, verá a própria cabeça rolar.
Demorou, mas o desenlace parece iminente. Segundo um cronista, Brasília batizou este 1.º de Dezembro de Super Terça. Se tudo o que está previsto para acontecer hoje no Congresso Nacional acontecer mesmo, o dia fecha o ano político de 2015.
O Presidente da Câmara, acuado por denúncias cada vez mais incontestáveis, chantageia às abertas, ameaçando deflagrar um temerário processo de impeachment em causa própria.
A oposição, chantageando o chantagista, quer o impeachment custe o que custar. Continua agindo "como se não houvesse amanhã", e, talvez, tenham mesmo concluído que, "se você parar pra pensar, na verdade, não há". Quem vai querer votar nesses psicopatas antediluvianos? "Às favas, neste momento, todos os escrúpulos de consciência", parecem repetir, num mantra. "Que me importa que a mula manque, eu quero é rosetar".
Do lado esquerdo, segundo Kennedy Alencar, a tendência dos três petistas com assento no Conselho de Ética da Câmara é votar para dar seguimento ao processo de cassação de mandato de Cunha.
Cunha quer proteção do PT, mas o partido resiste. E Dilma, após seguidas idas e vindas, finalmente decidiu pagar para ver: mandou avisar que não aceita ameaça.
Le jour est arrivé, citoyens. Agora é ver se vai ser "de gloire", ou um vexame. Ou se fica pro ano que vem...
No Brasil, quando falta pão, ao invés de brioches, sempre tem alguém pra oferecer circo.
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