14 de dezembro de 2019
Parece fácil de resolver: todos os insatisfeitos com o PT poderiam votar em candidatos de outras legendas. Com isso, acabava esse hábito diário de criticar o partido por não ser o partido que o partido decidiu ser. Imagino que o pessoal não faça isso porque intui que é muito difícil ganhar qualquer eleição sem votar no PT. Tipo um pragmatismo que só pode funcionar no nível subconsciente. Ou, sendo mais claro, uns neuróticos! Não falo aqui da parcela que se diz 100% descrente da chamada democracia burguesa e, que, portanto, vê no voto apenas e tão somente uma maneira perversa de manutenção do status quo. O diagnóstico aí seria, é provável, mais severo. O PT vai completar 40 anos. Em nenhum lugar do mundo estaria sendo cobrado por não se manter como nos tempos da Guerra Fria. Mas, não há dúvida, onde quer que haja partidos políticos, desperta admiração (e, por supuesto, também inveja) pelo tamanho, pela força, pela longevidade e pelas realizações. No Brasil às vezes até parece que não há outro. Mas, na verdade, temos 33 agremiações em funcionamento e ainda mais de 70 em processo de aprovação. A política era pra ser, como aquele adversário disse certa vez, uma delícia, se fosse uma questão de 'escolha'. Os partidos, porém, assim como tudo e todos nós, são sempre o resultado das pessoas e suas circunstâncias. Fora isso, manifesta-se o pensamento mágico e a Melanie Klein explica.
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