10 de junho de 2014

MUITOS PAULISTAS e paulistanos do Facebook sinceramente surpresos e nitidamente apreensivos com os 44% de preferência para Alckmin e 21% para Skaf. Desconfiança geral nos institutos de pesquisa: fajutagem! é comum se ouvir. Como pode?, indagam incrédulos alguns. Esses reacionários?

Os mapinhas na imagem dão, então, pano pra manga.

Mostram, por estados do Brasil, os resultados das eleições presidenciais desde 1994.

Coisas que pensei:

1. O país que elegeu Dilma não comporta mais figuras ou propostas hegemônicas como as que FHC e Lula representaram. Que bom!

2. O Sul e o Sudeste são tucanos desde pequenininhos. Aceitamos - uma vez - eleger o Lula, na campanha mais PSDB que o PT já fez em sua história, Carta ao Povo Brasileiro, Zé Dirceu no comando, Zé Alencar de vice incluídos.

No estado de São Paulo, propriamente dito, já se vão 20 anos de tucanato se a conta começar com Mário Covas. Antes dele, vieram, no entanto, Fleury, Quércia e Montoro, todos egressos do mesmo MDB/PMDB que daria à luz, ao rachar, o Partido da Social Democracia Brasileira.

Há quem prefira responsabilizar a grande imprensa e a mídia eletrônica que, ao blindar o PSDB, manipula os fatos, criando uma espécie de realidade paralela. Assunto para outro post, um que mostre Zé Luiz Datena no já célebre vídeo em que muda de opinião assim que o resultado da enquete contradiz tudo que ele vinha defendendo até dois minutos antes.

Nós desconfiamos das pesquisas. Quem detém o poder, não. Não levantam da cama de manhã sem consultá-las, os nossos representantes.

Por trás de um grande homem público, creio eu, há sempre um enorme eleitorado. Que pouco vai pra rua protestar. Fala através das pesquisas. E do voto.

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Publicado originalmente no Facebook