18 de julho de 2015
O BARBECUENHA
E assim, sem que ninguém realmente esperasse, o temido vilão Eduardo "o meu eu preciso rapidamente" Cunha convocou coletiva de imprensa, falou grosso, atacou o Governo e... ateou fogo às vestes.
Ninguém, salvo o Solidariedade, se solidarizou.
Na pira erguida em torno de si mesmo, Cunha pôs para assar o discurso carne-de-vaca da Direita contra a corrupção e ainda mandou brasa na gasolina vazada diariamente pela Lava Jato. Não precisou dizer mais que o óbvio: "O fato de a pessoa ser denunciada não significa que é culpada" e "Sérgio Moro se acha dono do país".
É comum encontrar na internet entusiastas do self service maluco gerenciado por Eduardo Cunha no Congresso. A cada espeto goela abaixo do Governo, as redes sociais festejam: MITOU!
Cunha, na solidão em que se meteu - agora está claro - não passou nunca disso mesmo: um mito. Encenação. Impostura.
Retornado ao pó de onde veio, é improvável que renasça das cinzas. Paulo Maluf, Antônio Carlos Magalhães, Orestes Quércia jamais retornaram. Ocupam (ocuparam) a categoria de mortos-vivos da cena política, como o Fernando Brito do Tijolaço explicou.
O pronunciamento em cadeia nacional foi apenas a sobremesa do convescote que as forças progressistas curtiram ontem ao longo de todo o dia. Gravado com antecedência, mostrou, pontualmente às 20:25, um político desabituado ao teleprompter, sem nada relevante para dizer e, o mais marcante, com voz de menino.
Um churrasquinho de gato.
Publicado originalmente no Facebook.
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