27 de dezembro de 2023
E ASSIM SE PASSARAM 10 ANOS
Final do ano, em 2013, as coisas tinham acalmado.
Final do ano, em 2014, o campo democrático venceu a eleição por um trisco.
Em 2015, final do ano, a coisa tava tensa.
Em 2016, foi Golpe!
No final de 2017 nossas esperanças estavam concentradas no Lula.
No início de 2018, PRENDERAM o Lula!
No final de 2018, o impensável aconteceu e um boçal de extrema direita ganhou com a missão de botar o país pra baixo de cu de cobra. Botou.
A partir daí, são aquelas lembranças de quem capota com o carro. Tudo meio borrado. Meio embaralhado.
Tava foda.
Mas veio 2020. E, véio, pandemia é um horror, mas pandemia + Bolsonaro, eu não desejo nem pro meu pior inimigo. Ou melhor: desejo sim!
Foi aí que o Lula, no melhor estilo Star Wars, ressurgiu das cinzas e salvou nóis tudo!
Tem uns bocó que até hoje ganha a vida arranjando defeito no Lula. Como se a premissa pra salvar nóis tudo fosse não ter defeito.
Essa é, no entanto, talvez, a principal qualidade do Lula. Saber que a perfeição é uma meta perseguida pelo goleiro que joga na Seleção, etc. etc. etc.
O alívio de terminar 2023 como estamos terminando não cabe num textão dessa rede social em franca decadência. Voltar aos velhos posts de gatinhos, selfies do Natal em família, imagens sorridentes de viagens de férias, pratos de comida e pouquíssimas notícias (como acontecia até 2012) é o grande indicador de que já não estamos entregues à sanha destruidora dos nazifascistas versão brasileira.
Que voltamos a respirar.
Não é pouco. E é uma delícia. Mas, cares amigues, eu, de minha parte, não relaxaria os esfíncteres. Os últimos 10 anos foram terrivelmente parecidos com aqueles outros 500, a contar de quando Cabral aportou por aqui.
O Brasil continua tendo um grande passado pela frente.
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