4 de dezembro de 2016
ANÁLISE DO DISCURSO
A modinha da semana é postar no Facebook que a ideia de esquerda como sinônimo de corrupção 'pegou'.
A 'disputa pela narrativa', portanto, terá que estar centrada no desenvolvimento de um 'discurso próprio' sobre, justamente, a corrupção.
Tipo vencer a UDN fundando uma UDNdoB.
É preciso reconhecer, segundo os novos estrategistas, que a direita foi capaz de construir uma linha de argumentação 'contundente'.
Um exemplo, ouvido hoje em Copacabana:
'Nós hoje estamos aqui inaugurando um novo Brasil. Não se iludam: o Brasil deles ficou no passado. O Brasil do Sarney, do Lula, da corrupção não existe mais. Nós somos um novo Brasil, um Brasil que não precisa de heróis. Nós não acreditamos em Antônio Conselheiro, Padinho Ciço, essas coisas. Nós acreditamos em Sergio Moro, porque ele é a Justiça'.
O orador em questão era o Marcelo Madureira.
Do CASSETA & PLANETA.
Parece uma piada? Muito! Só não tem graça.
Na real, nada de novo. As micaretas coxinhas continuam o mesmo hospício a céu aberto de sempre.
Enquanto olhávamos para elas, o golpe aglutinou todas as forças da reação contra o governo democraticamente eleito em 2014. Mercado, indústria, agronegócio, mídia, executivo, legislativo, judiciário, polícia, igrejas, sociedade civil, sindicatos, redes sociais...
Está sendo um massacre.
Mas agora a esquerda-mais-esquerda-que-a-gente resolveu que o problema 'é da ordem do discurso'.
Isso parece tomar uma surra de três fortões na escola e treinar palavrão para xingar eles na revanche.
Enquanto apanha! 😜
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