Saturday, September 16, 2023

16 de setembro de 2019


Eu não sei como você faz, mas eu me organizo desse jeito: os robôs estão lendo tudo o que se escreve nas redes e olhando todas as imagens. Todas no sentido de 100%, todas mesmo. Se uma pessoa pensa no Bolsonaro e posta alguma coisa, os robôs percebem. Mas não dão bola. Se um número grande de pessoas faz o mesmo, aí o robô 'se liga' e registra. O registro então é repassado pra qualquer pessoa que pague pela informação. Esse comprador precisa saber, de cara, se o post é contra, ou a favor. Os robôs respondem a essa pergunta baseados em palavras, ou hashtags, ou outros marcadores que são lidos como positivos ou negativos. Por isso, se 500 mil bolsominions postarem 'O homem é forte', multiplicando a foto e a frase marqueteiras do casal Moro no hospital e ninguém postar, por exemplo, 'O saco do patrão é o corrimão para o sucesso', legenda do Requião para a mesma foto, os robôs só terão as mensagens do lado Bozo da Força. Não existe 'ignorar' na disputa das redes. O robô vê tudo o que a gente posta. Sinto dizê-lo, mas o que a gente não posta, ele não tem como ver. Pro cara que a gente não quer que apareça nas redes não aparecer, os dois lados precisariam fazer silêncio. Quando um faz barulho, obriga o outro a responder. Meio parecido com um ataque durante uma guerra. Se em nenhum momento houver revide, o atacante vai se espalhando até tomar o terreno. É um saco, né? Mas é guerra. Não tem muito o que discutir. Claro, emboscadas existem e devemos evitá-las. Mas, no geral, trata-se de disputa, ataques e contra-ataques. Um lance meio Bacurau. Pode ser divertido.

No comments: