13 de outubro de 2014
SESSÃO CORUJA
Ontem, domingo, 12 de outubro, Neves, o candidato, mostrou em seu horário eleitoral o presente de Dia das Crianças que recebeu. Dois quebra-cabeças com peças faltando, um da marca PSB e outro da Rede.
A conspiração dos socialistas que, de um só golpe, botou pra escanteio Roberto Amaral e Luiza Erundina cuspiu também a própria Marina Silva. Carlos Siqueira deverá ser ungido presidente da sigla ainda hoje. Siqueira foi contrário à decisão de passar a cabeça de chapa para a ex-ministra e, desde lá, trocaram de mal.
Nada disso interferiu na decisão do candidato Neves se declarar, agora, "um só corpo" com aquela a quem alcunhou Metamorfose Ambulante no 1.º turno.
Enquanto isso, há relatos de desfiliação em massa à Rede, incluindo membros do diretório nacional, após o anúncio do apoio.
Sabe-se lá o que, de fato, herdar os olhos azuis de Duda Campos irá trazer para a campanha tucana.
Numa eleição onde as denúncias de faltar com a ética imperam de parte a parte, não vai ser este enredo de traições sucessivas que agregará votos.
Marina, talvez pior que as raposas velhas do PSB, jogou por terra o próprio compromisso alardeado com a nova política. Retrospectivamente, parece nem haver acreditado, em momento algum, no que dizia. Grande parte de seus eleitores, no entanto, embarcou de boa-fé.
A todas essas, o golpismo do latifúndio Globo Veja dá assistência. Filtra, agrega ficção e cria enredos. Um tanto faz parecer uma comédia de erros. Um tanto, algo de tragédia. Ou de filme B. Em todo caso ainda não está fácil dormir à noite.
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