27 de novembro de 2020
Apesar de ser assunto delicado, é absolutamente legítima a preocupação do eleitor paulistano com as condições de saúde do candidato Bruno Covas. O prefeito está em pleno tratamento de doença muito grave e a possibilidade de não conseguir terminar um segundo mandato é real.
A figura do vice, nesse contexto, ganha enorme importância.
Ricardo Nunes é homem do MDB (de Temer, Cunha, Geddel, entre outros), alinhado à Bancada da Bíblia.
Tem ligação com a Comunidade Canção Nova - abertamente bolsonarista - e proximidade com o padre Paulo Ricardo, o 'Malafaia católico', parceiro de Olavo de Carvalho.
Além do próprio Bruno Covas ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff, Nunes quando vereador esteve ligado à construção do discurso fundamentalista que deu base ao Golpe de 2016 e pavimentou a caminhada de Bolsonaro ao Planalto.
Dissemina fakes a respeito de 'ideologia de gênero', associa homossexualidade a pedofilia, coloca-se a favor do Escola Sem Partido e contra os direitos reprodutivos.
Um cardápio completo à moda da ministra Damares, ou dos 'bispos' da Universal.
Covas justifica a escolha do vice por ser quem melhor representa o 'arco de alianças' que sustenta a candidatura do PSDB.
Sem dúvida, a chapa Covas - Nunes é hoje 'a mais completa tradução' das forças regressistas em São Paulo. Um blend do fascismo fundamentalista que se espalhou pelo país nos últimos 4 anos.
É preciso que a cidade inteira saiba quem é o invisível vice. Um bolsonarista autêntico na capital do Tucanistão.
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Na imagem: um bolsonarista de sapatênis que passa e faz que não vê a pobreza e um bolsonarista raiz que ninguém vê. Eis a chapa Covas - Nunes.
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